sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fragmentos

Por vezes pergunto-me, até que ponto não será uma violência contra-natura viver junto, casar, ou qualquer que seja o compromisso de exclusividade?
Que parte importante de nós corremos o risco de estar excluindo quando aceitamos ser exclusivamente de alguém, que não nós mesmos?
Eu me pergunto muito isso ... ainda não tenho a resposta.

Não é fácil viver com outra pessoa, aceitar as diferenças e respeitar. Os dois têm que ceder um pouquinho,abrir mão de algo pra equilibrar. Mas acho que sempre um sai perdendo.
Muitas vezes as pessoas quando estão em um relacionamento deixam de fazer coisas porque não é adequado para a condição de eposo(a), noivo(a) ou namorado(a). Deixa de ir a lugares, deixa de rever pessoas, deixa de fazer coisas que também as fariam felizes. Sinceramente acho péssimo se privar de coisas que te dão prazer porque a outra pessoa com quem você divide a vida não concorda.
Ninguém deve se anular pra manter a harmonia com outra pessoa. Aí mora o grande erro.
Exercitarei a liberdade!


"É que o objeto real do amor muda constantemente e você só pode ser amado se seu par trai hoje, com você, aquele que você era ontem."

"O Marcador de Página" - Sigismund Krzyzanowski

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"... Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos".
Caio Fernando Abreu
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ao som de Something to believe in - The Pretenders (tributo Ramones)

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