terça-feira, 16 de março de 2010

Nunca um botão sem casa de botão


Chanel fez uma revolução no jeito das mulheres se vestirem e se enxergarem. No início do século XX, aos 20 e poucos anos, causava espanto e admiração ao surgir em eventos sociais com gravatas e sobretudo “roubados” do guarda-roupa de seus amantes endinheirados. Atrevida e petulante, negava a afetação dos vestidos da época, sem um pingo de constrangimento, para se vestir com uma simplicidade tão inédita que logo ela considerada uma excêntrica transgressora.

Durante décadas, Chanel ditou o ritmo e o rumo das inovações fashion. Sua capacidade de antecipar os desejos de consumo de toda uma geração de mulheres não tem paralelo, ainda hoje, no frenético mercado da moda global. Sempre insatisfeita, dona de um nariz arrebitado e de um feeling absurdo para o novo, essa francesa, que nasceu pobre e cresceu em um orfanato, detonou a estética dos espartilhos, introduzindo elementos libertários do vestuário masculino e de uniformes esportivos em suas coleções. E protagonizou, entre a vanguarda artística que sempre freqüentou, momentos de êxtase e de glória, e outros de queda, abandono e esquecimento.




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