domingo, 18 de dezembro de 2011

Viver como as flores.

Eu um antigo mosteiro budista, um jovem monge questiona o mestre...
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
- Pois, viva como as flores! (Advertiu o mestre)
- Como é viver como as flores, mestre? (Perguntou o jovem monge)
Repare nas flores, continuou o mestre, apontando para os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes for útil e saudável, mas não permitem que o azedume de terra manche o frescor de suas pétalas.
É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
Exercite a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

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