Ela não queria confessar a ele que ainda gostava dessas pessoas que pareciam gostar dela. Ele tocou em sua bochecha, faz um carinho. O coração dela batia tão forte que ele conseguia ouvir. Ele afastou os cabelos dela. O toque de seus dedos transmitia a ela ondas de confiança. Ele ia beijá-la. Era o que ela queria. Então porque ela sentia que estava num precipício, pronta para cair? Os lábios dele tocaram no dela e ela parou de pensar. Só sentia. Sentia a doçura de seu beijo, a força de seus braços e o coração batendo em sua mão quando ela pegou em seus braços. Havia um precipício e ela estava caindo. De cabeça, caindo de amores por ele.
"Espreitava em seus olhos uma lágrima,
e em meus lábios uma frase a perdoar;
falou o orgulho, o seu pranto secou,
senti nos lábios essa frase expirar.
Eu vou por um caminho, ela por outro;
mas, ao pensar no amor que nos prendeu,
digo ainda: porque me calei aquele dia?
E ela dirá: porque não chorei eu?"
e em meus lábios uma frase a perdoar;
falou o orgulho, o seu pranto secou,
senti nos lábios essa frase expirar.
Eu vou por um caminho, ela por outro;
mas, ao pensar no amor que nos prendeu,
digo ainda: porque me calei aquele dia?
E ela dirá: porque não chorei eu?"